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Foto do escritorArthur Andrade Tree

QUANTO MAIS ENFERMOS, MELHOR...

Para enriquecer os donos da dinheirama, todos também doentes.



Não são guerras de armas que dominam o mundo, são as enfermidades. Existem mais pessoas doentes no planeta do que vítimas das guerras. E mais do que saudáveis. Aliás, uma pessoa saudável é uma estranha, um estorvo, uma chaga no sistema. Não gera divisas. Uma pessoa saudável não compra remédios, não entra em farmácias, não frequenta laboratórios, não paga plano de saúde. Isso é prejuízo. Quantas pessoas assim você conhece?


Acredite, a doença é uma forma bizarra de inclusão, de pertencimento. Gente é cada vez mais identificada pelos diagnósticos. Fulana é diabética, cicrana tem quadro de câncer e outra, fibromialgia. E assim as doenças vão integrando as identidades. O cenário está tão normalizado que nem mais o "coitada" acompanha o diagnóstico. Qual a saída?


O médico naturopata Áureo Augusto dá uma pista: a mobilização de todos. Em sua palestra na Aliança Francesa, na noite do último dia 20, Áureo exibiu um cenário complexo e caótico, cada vez mais tóxico. "Uma caminhada nas ruas de São Paulo, por exemplo, equivale a fumar cinco cigarros".

Além de políticas públicas, a mobilização envolve informação, conscientização e um troço chamado autoconhecimento. Nada muito simples nem imediato, mas necessário. Autoconhecimento é reconhecer também suas merdas. E virtudes. Ok! E esse investimento de cada pessoa irá contagiar outras porque, afinal, estamos todos conectados. Amém!


No cenário mundial, porcos e frangos valem mais que humanos. Menos de 2% da produção de milho são destinadas ao consumo humano - 76% vão para animais, produção de biocombustíveis, indústria têxtil, farmacêutica etc. Apenas dez tipos de culturas fornecem 83% das atuais calorias - milho, trigo, arroz, soja, óleo de palma, cana-de-açúcar, cevada, sorgo, colza e mandioca. No entanto, só 37% vão para consumo humano.


Gente pra brilhar não pra morrer de fome não é bem o mantra do capital. Gente é pra definhar e morrer doente. Ter comida na mesa não significa ter alimento. Pão branco, macarrão, embutidos, pescados cheios de metais pesados, carnes contaminadas, ovos de granjas, todos mortos, desalimentam. Roubam forças. E as filas avançam ao infinito nos postos de saúde.


Haja conexão!

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