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Foto do escritorArthur Andrade Tree

MULHERES GUERREIRAS

Atualizado: 5 de out.


Tudo indica, Kamala Harris será a primeira mulher na presidência da maior potência militar e econômica do planeta. Foi escolhida vice de Joe Biden dentre tantos homens por sua capacidade de guerra. Não se iludam, Kamala será uma presidente mais bélica do que seria Donald Trump - já demonstrou sua fúria no apoio incondicional a Israel.


Com riso aberto e expressão simpática, a futura presidente vai mandar neutralizar todos os que se enfiarem no caminho do império. Não terá compaixão por humanos da Palestina, do Irã, do Iemen ou de qualquer país que tentar atrapalhar os interesses do conglomerado. Harris vai ajudar a desmontar de vez o mito de que machos alfas são eficientes quando se trata de luta. Ela vai demonstrar que eles podem ter músculos, mas não cérebro.


FEMINILIDADE E DELICADEZA


Proporcionalmente, mulheres líderes entraram em mais guerras do que homens, derrubando a idéia de que são essencialmente da paz. Ao longo da História, as rainhas entraram em guerras numa relação 39% superior aos reis. A conclusão foi possível diante de um detalhado estudo sobre as monarquias europeias entre 1480 e 1913. Nomes como Elizabeth I, Catarina da Rússia e Isabel de Castela contribuíram para essa constatação.


De acordo com pesquisadores da Universidade de Chicago e da Faculdade de William e Mary (Virgínia), quando um país era liderado por uma mulher, ele parecia mais vulnerável para ser dominado, atiçando a fome de invasores. No entanto, a pesquisa revela que o comando feminino surpreendeu inimigos e aumentou o índice de vitórias territoriais. O estudo rebate o senso comum que faz associação direta entre masculinidade e guerra e feminilidade e delicadeza.


BRUXAS DA NOITE


A primeira participação de uma mulher em combate ocorreu em 1823. A baiana Maria Quitéria de Jesus lutou pela manutenção da independência do Brasil, sendo considerada a primeira mulher a assentar praça em uma unidade militar no país.


As “Bruxas da Noite” eram um esquadrão formado exclusivamente por mulheres — de pilotos de bombardeiros a mecânicas —, oficialmente denominado 588º Regimento de Bombardeiros Noturnos. O regimento começou a ser formado em 1942, com mulheres com idades entre 17 e 26 anos na União Soviética, a primeira nação a permitir a participação de mulheres em combate.


Segundo a BBC, muitas das integrantes desse esquadrão estudavam Química, Física, Matemática, Astronomia ou Geografia na universidade quando a Alemanha atacou a URSS e os homens foram convocados. Mas elas não queriam ficar para trás. Escreveram sobre suas intenções para Marina Raskova, a primeira mulher piloto profissional no pais. Josef Stalin tomou conhecimento e autorizou a formação do primeiro esquadrão composto exclusivamente por mulheres.


Eram suicidas, não tinham paraquedas e voavam baixo. Usavam uniformes velhos descartados pelos homens e o grau de eficiência em matar alemães era acima dos 80%. O 588º perdeu 30 pilotas durante os combates. Outras 23 receberam o título de Heroinas da União Soviética.


São muitos os exemplos de mulheres bélicas, corajosas e determinadas em várias áreas. A alemã Ursula von der Leyen, considerada a mulher mais poderosa do mundo, preside a Comissão Europeia. Em 2020 tomou decisões assertivas contra a Covid-19 e dois anos depois apoiou a Ucrânia durante a invasão dos russos. Em discurso, declarou: "Quero deixar muito claro, as sanções à Rússia estão aqui para ficar. Essa é a hora para resolvermos o problema e não fazer apaziguamento.” Quer guerra!


A ex-presidente do Brasil, Dilma Roussef, acaba de receber das mãos de Xi Jiping a Medalha da Amizade, a mais alta honraria da China para estrangeiros. Dilma é uma das mulheres mais poderosas do mundo - dirige o Banco Brics, com sede em Pequim, expandindo seu poder e assustando o império. Biden não conseguiu barrar Dilma, Kamala vai tentar, não tenham dúvida. O diferencial é que mulheres têm algo além da inteligência, têm percepção aguçada, instinto, intuição elevada. Homens no geral estão longe disso.


PODEROSAS NA FORBES


A paraibana Tarciana Medeiros assumiu em janeiro deste ano a presidência do Banco do Brasil, o segundo maior da América Latina. É a primeira mulher a assumir o cargo em 215 anos de história, e também a única à frente de uma das empresas brasileiras da Forbes Global 2000, lista que reúne as maiores companhias de capital aberto do mundo. Discreta, Tarciana é um dos destaques da lista da Forbes das 100 Mulheres mais Poderosas do Mundo deste ano. A executiva estreou na 24ª posição e é a única brasileira do ranking.


A veterana do Exército dos EUA Debra Crew assumiu o comando da gigante de bebidas Diageo em junho, tornando-se uma das poucas mulheres CEOs nas 100 maiores empresas da Bolsa de Valores de Londres.


Taylor Swift, Beyoncé e a Barbie geram bilhões de dólares e ultrapassam as fronteiras dos EUA. A influência sobre os consumidores é tão poderosa que o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, comentou em entrevista coletiva: “Quando as mulheres ocupam assentos de poder em vários lugares do mundo, as coisas começam a mudar.”


O sentido de mudança para um presidente de banco central não é exatamente alterar o sistema, mas consolidar poder. A diferença é que esse poder ainda está nas mãos de quem sempre o teve nos últimos séculos, o patriarcado. Pode até no futuro mudar de mãos e de estilo, mas não em conceito, o domínio total sobre homens e mulheres.

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BUMERANGUE

1 Comment


tania22224
Oct 04

Verdade! Não adianta brincar de Apocalipse Now pq em nosso mundo "tá tudo dominado" 🎯

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