O homem branco é o culpado. Há mais de dois séculos, povos instalados na região sul morreram aos milhares tentando evitar as gênesis das catástrofes. O Rio Grande do Sul era uma riqueza de florestas, fauna exuberante, vegetação milenar, um shangri-la na America do Sul ocupado há mais de seis mil anos por povos originários.
Eram botocudos, bugres, coroados, guainás e guaianases dentre outros. Os brancos colonizadores chegaram com suas armas européias e mataram todos, eliminaram culturas, executaram toda a resistência às devastações da fauna e da riquíssima flora. Mulheres e crianças sobreviventes foram escravizadas.
Desde então, há duzentos anos, sem mais opositores, os brancos vêm destruindo tudo com suas máquinas de morte. Caminho aberto para milhares de alemães, belgas, espanhóis, franceses, holandeses, ingleses, italianos, japoneses, judeus, luxemburgueses, portugueses, turcos, russos, suíços e sul-americanos, imigrantes construtores da riqueza e das futuras tragédias.
Lavouras gigantescas em latifúndios foram financiadas por governos. Em pouco tempo acabaram de matar a diversidade biologica e degradar o resto do solo. A floresta original foi totalmente eliminada.
Na ânsia produtiva, enfiaram nas terras pesticidas proibidos, transgênicos mortais e rasgaram milhões de hectares com tratores. Existem sim responsáveis por essa tragédia anunciada.
A perigosíssima espécie humana vai ser resetada se não mudar seu prazer destruidor. A natureza reage por enquanto em áreas críticas, mas a tendência é a reação em cadeia de Sul a Norte. As aguas vão lavar todas as mágoas do planeta cobrando carmas milenares. Não vai sobrar ninguém, colono, escravo, governante, latifundiário, rico e pobre pra contar a história. É a grande tragédia mil vezes anunciada.
Com dados de Maria da Gloria Lopes Kopp
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